
Da Questão dos Limites:
Pelo Tratado de Tordesilhas, que a linha que separava os dois reinos católicos da Península Ibérica passava, aqui no Brasil, na sua extensão meridional, ao largo do litoral do atual Estado de Santa Catarina. Teoricamente a área que viria á fazer parte do Rio Grande do Sul, pertencia aos Espanhóis. Portugal, sempre procurou estabelecer como sua real fronteira, com o limite extremo do seu império na América do Sul, não uma linha abstrata, mas sim a margem esquerda do Rio Prata. Todos os conflitos entre o Estado do Brasil e seus vizinhos do Prata foram decorrentes desse antagonismo sobre quais eram os verdadeiros marcos de cada um: o traço determinado pelo Tratado de Tordesilhas ou a curva do Rio Prata. O RS foi desde o seu princípio uma "fronteira quente", isto é um local de disputa militar e diplomática.
Pelo Tratado de Tordesilhas, que a linha que separava os dois reinos católicos da Península Ibérica passava, aqui no Brasil, na sua extensão meridional, ao largo do litoral do atual Estado de Santa Catarina. Teoricamente a área que viria á fazer parte do Rio Grande do Sul, pertencia aos Espanhóis. Portugal, sempre procurou estabelecer como sua real fronteira, com o limite extremo do seu império na América do Sul, não uma linha abstrata, mas sim a margem esquerda do Rio Prata. Todos os conflitos entre o Estado do Brasil e seus vizinhos do Prata foram decorrentes desse antagonismo sobre quais eram os verdadeiros marcos de cada um: o traço determinado pelo Tratado de Tordesilhas ou a curva do Rio Prata. O RS foi desde o seu princípio uma "fronteira quente", isto é um local de disputa militar e diplomática.
A Companhia de Jesus no Território Gaúcho:
Acredita-se que os padres da Companhia de Jesus tenham atravessado o rio Uruguai por volta de 1626, sendo que o Padre Roque Gonzales foi martirizado pelos indígenas em 1628. Na sua ocupação, os inacianos adotaram nas suas estâncias, para fixar os nômades guaranis do território, a alternância da cultura da erva-mate com a pecuária.
O Gado Chimarrão:
Em 1637, o bandeirante Raposo Tavares, atrás de mão-de-obra cativa,destruiu as reduções situadas entre os rios Taquari e Caí, obrigando os jeuítas a refluírem para a margem direita do Uruguai. A partir de então, o gado abandonado, sem interesse para os bandeirantes, esparramou-se, tornando-se gado "chimarrão", isto é gado selvagem. Manadas de gado selvagem ocuparam boa parte do Planalto Central e dos Campos de Cima da Serra, e que iriam atrair os gaúchos.
Os Sete Povos das Missões:
O verdadeiro apogeu das Missões, revitalizadas no século XVIII, ocorreu entre 1720-56, quando se formaram os 7 Povos das Missões (S. Nicolau, S. Ângelo, S. Luís, S. Lourenço. S. João Velho, S. Miguel, S. Borja), situados na parte oeste do estado, até que ocorreu a destruição deles durante as Guerras Guaraníticas, cujas operações bélicas deram-se pela expedição luso- espanhola de 1753-6, tendo no cacique Sepé Tiarajú, o principal defensor das reduções indígenas. A chamada "época de ouro" das missões foi possível porque os descendentes dos bandeirantes, mudando de afazer, tornaram-se garimpeiros das Minas Gerais.
A região dos Sete Povos das Missões no RS haviam passado ao controle português pelos Tratados de Madri, de 1750, e confirmando pelo de Santo Ildefonso, de 1777, mas efetivamente só começou a ser ocupada em 1801.
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